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O processo conhecido por apertização é o segredo por trás dessa alta durabilidade dos alimentos embalados.
Já ouviu falar dessa técnica? Continue a leitura e descubra o quanto ela está presente na sua alimentação:

Um sachê de milho, outro de ervilha. Um vidro de palmito e mais uma lata de atum. Esses ingredientes, típicos no preparo de uma receita caseira, possuem muito em comum: a sua técnica de conservação. Comumente encontrada em alimentos enlatados, a apertização é um processo térmico muito utilizado na atualidade pela indústria alimentícia. É também muito presente nos produtos voltados à alimentação de animais de estimação.

A apertização foi um método descoberto na França por Nicolas Appert, em 1809. Na época, ele descobriu que o aquecimento de alimentos em recipientes fechados poderia interromper o processo de fermentação e começou a vender alimentos conservados em garrafas. Suas técnicas foram as precursoras dos métodos atuais de conservação de alimentos em latas.

A técnica moderna consiste no acondicionamento do alimento já preparado em latas (ou outras embalagens resistentes à altas temperaturas, como vidros e sachês) que são lacradas à vácuo e inseridas em autoclaves, para aplicação do tratamento térmico. A autoclave é um vaso de pressão, um equipamento que gera altas temperaturas (mais de 100°C) e que age como se fosse uma imensa panela de pressão.

O intenso calor e a alta pressão agem nos alimentos, eliminando as formas vegetativas das bactérias presentes, preservando sua integridade até o momento em que a embalagem é aberta. É por esse motivo que os produtos embalados possuem um prazo de validade longo.

Além disso, a apertização permite a conservação da aparência, sabor e consistência original dos alimentos, já que o uso da autoclave no processo possibilita um alto controle da pressão e temperatura – é possível aplicar a técnica sem que a água presente nos próprios alimentos entre em ebulição, o que poderia prejudicar a sua aparência e textura. E isso ainda garantindo toda a integridade e segurança dos alimentos embalados.

Autor(a): Nádia Salmeron

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